junho 22, 2013

Incensos para Deus






Que coisa linda o trabalho do Sr. Lee, morador de uma cidade da Malasia chamada Penang. Ele tem 81 anos e segundo a reportagem do site Visit Penang, vende preciosos incensos feitos a mao desde que saiu da escola. Seus incensos sao feitos de Sandalo e utilizados por muitos em oracoes e rituais religiosos. "Este trabalho nao me traz fama ou promessas financeiras. Pra mim, ele é um meio de vida". É algo bem diferente do que estamos acostumados a ver nos dias atuais e la o consenso é de que esse tipo de profissional também esta se extinguindo.

Quando vejo algo assim, a unica coisa que me vem a cabeca é o porque de vivermos nessa busca incessante pelo bem material, por algo externo, pelo dinheiro, pelo reconhecimento, pela riqueza. Que valores espirituais e de autoconhecimento trago pra mim? Que loucura acordar cedo todos os dias e trabalhar em algo que nao satisfaz alma, nao traz crescimento pro espirito e nem o conhecimento de quem eu sou. Fazer o que gosta é ser livre e a liberdade terreno fertil para o amor.


Profissao é puro amor. Amor que vai por nossas maos e que doamos todos os dias a sociedade. É uma energia que, antes de tudo, precisa estar em equilibrio com o corpo, com a mente e com o ambiente. Parece utopico pensar assim, mas nao é impossivel chegar em algo parecido. Nessa sociedade atual tudo funciona exatamente ao contrario. A harmonia e satisfacao sao praticamente inodoras.


Produzir algo como os incensos do Sr. Lee com o paixao e dedicacao exigem mudancas fortes na forma de ver o mundo e tambem na forma de se ver nele. Exige principalmente o desapego pelo resultado final em qualquer nivel de interacao com o outro, com o todo. É interna. So com a amor pelo que se faz é possivel produzir incensos para Deus.


junho 20, 2013

Mapeando o processo criativo


Esse últimos dias estão sendo cansativos, varando a madrugada pesquisando e, com muita satisfação, descobrindo muita coisa boa. Muitas dúvida me vêm a cabeça, mas algumas forcinhas internas me levam a seguir em frente.
Hoje descobri um site interessantíssimo de uma Market Consulting com muita informação sobre Brand Concept and Design. Contém informações preciosas com muitos conceitos atuais que dão uma base legal pra continuar os estudos do setor. Compartilho esse post que mostra um mapa bem elaborado da dinâmica do processo criativo. Favoritado!




Discover > Define > Design > Develop > Deploy


junho 16, 2013

Indiependency

Simbolo Tupi. Perfumaria Indie.
Indie é uma palavra legal. Desde que ouvi a primeira vez, me despertou uma curiosidade fudida de saber o que estava se valendo de uma palavra tao interessante pra expressar em algum conceito ou tendência. Indie vem do inglês, diminutivo de Independent: free from outside control; not depending on another's limits. 

Depois de muito buscar, ver, ouvir e entender o que essa ela tem a dizer, percebi que na verdade ela tem tudo a ver com o movimento que esta provocando. Li alguns artigos abordando e classificando esse movimento como puramente cultural, porém seu conceito 
é muito mais que isso. Vejo como um movimento social, espiritual, de independência por meio de uma arte purista, corajosa, descomprometida, além da arternatividade e bastante diferente... cada vez menos alinhada com a cultura de massa, mas ao mesmo tempo produto dela mesma, da acao e da reacao, uma nova contracultura da modernidade.

O conceito Indie teve origem nos anos 80 com o surgimento de boas bandas de Rock que nao tinham contratos com gravadoras. Bandas independentes que procuravam elaborar trabalhos diferentes, menos aceitos pela maioria, mas de muita qualidade. Cito duas bandinhas que curto, The XX e Husky Rescue, de melodias simples, psicodelicas e ambientacao elaborada, porem muito pouco conhecidas do publico em geral. São trabalhos de muita qualidade estética e sensorial que apontam um caminho sensato e possível fora do mercado das massas. 


Rapidamente o Indie foi se espalhando e sendo emprestado também a outros contextos da arte como o design, a fotografia, a moda e tambem a perfumaria, que sera o assunto principal do Perfume Tupi.

Pretendo estudar as tendências e dinâmica desse mercado e a atuação das Indie Brands num ambiente ainda dominado pelas grandes perfumarias francesas que, descontados os excessos, têm muita competência.